O tema da gestão das nossas finanças pessoais é dos mais importantes que podemos abordar em 2024, num clima de incertezas fiscais, laborais e financeiras que se sente em todo o mundo. Contudo, é também um tema importante de abordar desde que o primeiro instante em que começamos a ganhar dinheiro, já que devemos planear de forma responsável e estratégica o nosso futuro para fazer poupanças e – idealmente – fazendo o dinheiro crescer. Qualquer pessoa que ambicione a ter sucesso vai precisar que o seu dinheiro se multiplique. E nós temos dicas para si e para que consiga aumentar o seu dinheiro pessoal!
Para que estes objetivos de preservar e fazer crescer o dinheiro que tem no banco se possam concretizar, é importante antes de mais sair dos conselhos do TikTok e das dicas genéricas dos livros de autoajuda! Não há esquemas de enriquecimento fácil e sem esforço, além disso, mesmo os investimentos financeiros requerem muita paciência e pesquisa.
Antes de tudo, devemos começar por definir finanças pessoais como um fundo de capital que podemos ganhar através do nosso salário, heranças, investimentos de capital e atividade comercial. Podemos ser tomar a atitude de poupar esse dinheiro, de o investir, mas o mais importante é saber geri-lo de acordo com os nossos objetivos e expectativas.
O melhor de tudo é que não precisa de ser um especialista para ser capaz de gerir as suas finanças pessoais com sucesso, garantindo assim a sua pensão de sonho na velhice, ou até alguns investimentos de maior risco mas controlados que não causam dano no seu património em geral.
Assim, se quiser mais saúde financeira na sua vida e um planeamento cuidado das várias fases da sua vida, continue a ler as nossas dicas de finanças pessoais:
1. Escreva os seus objetivos financeiros
O primeiro passo para concretizar uma gestão de finanças pessoais com sucesso é tendo claro para si quais são os objetivos que quer atingir. É por isso comum, quer seja em curso de finanças pessoais gratuitos ou através de consulta com um consultor financeiro, dizerem-lhe que deve escrever num papel os seus objetivos.
Isto é válido para tudo o que tenha a ver com investimentos e dinheiro, quer seja para iniciar um negócio, planear uma viagem de um mês, comprar uma casa, ou outro tipo de aplicação financeira. O objetivo é ter num suporte externo, que pode ser uma folha de papel, um caderno, um Excel finanças pessoais ou num documento de word os seus objetivos principais.
Da mesma forma que não construiria uma casa sem assentar primeiro as suas fundações, também não se lançaria em planos sem financeiros sem uma preparação prévia e competente. Um plano de ação, que resulte da sua investigação, de um curso de finanças pessoais gratuito, de uma gestão através de uma app finanças pessoais ou pela consulta do nosso artigo é sempre desejável.
Quando começa por escrever os seus objetivos de curto e longo prazo, poderá ter logo uma ideia de quanto dinheiro terá de poupar ou de investir para tentar alcançar essas metas.
Tenha em mente que por vezes é necessário dar passos de bebé para conseguir conquistar um nível de liberdade financeira no longo prazo. Todos têm de passar por isso.
Já agora, e caso decida recorrer a software online para organizar a sua vida financeira, poderá querer considerar a instalação de uma VPN, mas antes disso veja VPN o que é e o que precisa saber sobre esta ferramenta de anonimato e segurança online.
2. Estipule um orçamento
Assim que tiver estipulado os seus objetivos financeiros, a próxima coisa a fazer é desenhar um orçamento realista para investir.
Quando tiver definido um orçamento, saberá também quanto deve investir e gastar para que o seu plano de ação seja posto em prática. Aqui deverá contar com despesas fixas, eventuais investimentos, mas o objetivo é sempre perceber quanto consegue poupar ao mês e como espera fazer crescer esse valor. Quanto mais realista for o orçamento que resulte destes cálculos, melhor, é a partir daí que poderá começar a adotar medidas qualitativas que vão afetar positivamente o futuro da sua conta bancária.
Por exemplo, se está a planear comprar um carro, um apartamento ou uma casa térrea em breve, poderá ter de rever o seu orçamento e a sua estrutura financeira de forma a acomodar essas despesas. Isto, claro, evitando sempre ao máximo pedir créditos, que são frequentemente a pior decisão de investimento no que respeita a despesas domésticas e pessoais.
Conte ainda com os custos de manutenção, despesas mensais ligadas ao seu estilo de vida, subscrições várias para entretenimento, saúde, educação, e outro tipo de custos.
Assim, se tiver planos para os próximos meses, garanta que os inclui no seu orçamento mensal para que tenha dinheiro suficiente que lhe permita cobrir custos quando for necessário.
3. Pague as suas dívidas
É de senso comum, mas vale sempre a pena lembrar que contrair dívidas para obter crédito é uma situação altamente indesejável e um sorvedor de dinheiro que vai querer evitar a todo o custo. Mas como não vale a pena chover sobre o molhado, e caso ainda tenha dívidas para pagar, foque-se nisto mesmo. Pague as suas dívidas o teu rapidamente possível, fazendo disso a sua principal prioridade financeira.
Deve perceber que quando contrai uma dívida fica automaticamente obrigado a pagá-la a prazo, mas também a pagar juros da dívida que podem crescer com o tempo. Assim, quanto mais tempo demora a pagar a sua dívida, mais dinheiro vai saindo da sua conta e em piores condições financeiras ficará por causa disso. Pagar o mais cedo possível, independentemente do valor da dívida, é por isso crucial.
Depois de resolver as suas obrigações com dívidas, mantenha-se bem afastado de quaisquer outras tentações de adquirir cartões de crédito, ou de pedir crédito num serviço financeiro qualquer. Veja-se livre de todos os cartões de crédito e nunca olhe para trás. Deverá focar-se noutras fontes de obter dinheiro, com destaque em investimentos de capital, nos rendimentos do trabalho ou nas atividades comerciais.
Deve também saber, adicionalmente, que se está à procura de formas de eliminar rapidamente toda a sua dívida poderá considerar a venda de objetos pessoais. Se isso lhe permitir pagar dívidas antecipadamente então não pense duas vezes na hora de vender o seu carro, joias, ou ativos financeiros. Recomeçar do zero é sempre preferível do que ter dívidas à perna, desde que mantenha consigo aquilo que é essencial para viver – a sua casa, dinheiro para os transportes públicos, o mínimo para recomeçar.
4. Crie um fundo de emergência
Outro dos conselhos importantes acerca de gerir as suas finanças pessoais é manter um fundo de emergência disponível. Isso significa saber que dinheiro precisa de ter reservado para conseguir cumprir com despesas inesperadas que possam vir a surgir, por exemplo de saúde, educação, ou manutenção da casa. Ter fundos de emergência pode soar um pouco precoce quando somos novos, porém é um descanso importante para o espírito saber que, caso surja alguma coisa de inesperado (incluindo um despedimento) poderá sempre recorrer a essa bolsa de capital.
Poderá até encara o fundo de emergência de uma forma mais lata, pensando por exemplo num cenário em que quer desistir do seu trabalho excruciante e aproveitar um ano para viajar. Apesar de o fundo de emergência não se destinar a isso, a verdade é que se o objetivo é poupar a sua saúde mental e ganhar novos horizontes, então recorrer a esse fundo poderá ser viável. Não se esqueça porém que o deverá repor atempadamente.
Garanta assim que pensa em criar um fundo de emergência pessoal, que se destine particularmente a apoiá-lo em situações de emergência financeira, apesar de poder servir para qualquer tipo de mudanças drásticas que precise de fazer em algum momento da sua vida. Sentir-se-á mais empoderado quando conceber esse fundo.
Poderíamos pensar que colocar o fundo de emergência numa conta-poupança é o caminho certo, mas o facto de ficar com o dinheiro bloqueado e de não ganhar praticamente nada em juros deverá ser suficiente para o demover. Mantenha o seu fundo disponível para qualquer emergência que pode acontecer amanhã ou daqui a 10 anos, e por isso o melhor é ficar disponível numa conta corrente normal, em certificados de depósito ou de aforro a curto prazo, ou noutro tipo de aplicações que permita mobilizar o seu dinheiro quando precisa.
Devemos pensar no problema da inflação que erode os seus fundos, é por isso que fazer investimentos com o objetivo de multiplicar o nosso capital é tão necessário.
5. Saiba para onde vai o seu dinheiro
Assim que tiver lido alguns dos livros de finança pessoais disponíveis no mercado, provavelmente irá dar-se conta de quão importante é ser regrado com as suas despesas para que não ultrapassem os seus rendimentos mensais.
E a melhor forma de fazer isso é estando em controlo de todos os seus custos, apontando-os numa folha de Excel ou numa app finanças pessoais.
Assim que conseguir visualizar os custos dos seus brunches e pequenos-almoços regulares fora de casa, e vir que essa despesa é significativa e poderia ser canalizada para um fundo de emergência, então poderá começar a planear o seu dia-a-dia de forma distinta e de forma mais otimizada. Também ficará com uma noção mais precisa do custo de vida mínimo na cidade onde vive e que percentagem do seu salário permite cobrir essas despesas fixas e obrigatórias, podendo pedir aumentos salariais sempre que as condições financeiro-económicas se degradem no país e na sua região.
Ter uma ferramenta que lhe permita analisar a sua saúde financeira é indispensável para rastrear despesas, rendimentos, e tomar boas decisões em função desse conhecimento.
Além disso, ao manter as suas despesas mensais regulares tão baixas quanto possível poderá também poupar dinheiro de forma significativa ao longo do tempo.
E lembre-se: ainda que encontre o que hoje parece ser a casa dos seus sonhos, mais tarde o tipo de despesa que isso implica tendo em conta o crédito a habituação e os juros cavalgantes que surgem com a instabilidade financeira na Europa e no mundo podem pesar fortemente nas suas finanças. Tome por isso decisões mais criativas, saindo até dos centros urbanos se tiver de ser.
6. Crie um fundo de investimentos e de pensão para suas finanças pessoais
Pode ser ainda muito cedo e não conseguir imaginar-se na sua velhice, mas quanto mais cedo planear a sua reforma melhor será para si. Falamos disso tendo a mente a forma como os juros compostos funcionam em determinados produtos financeiros, o que beneficia investimentos antecipados – e reforçados ao longo do tempo – para que a quantia disponível para levantar na sua reforma seja mais elevada.
E porquê pensar em poupar agora para preparar a sua reforma no futuro distante?
Damos-lhe um exemplo a partir de um artigo especializado de poupança para a reforma: Se começar a investir no mercado ao ritmo de $100 por mês, obtendo lucros positivos de 1% por mês ou 12% no ano, isso resultará num lucro composto mensal que se avolumará de forma significativa ao longo de 40 anos.
Agora imaginemos um amigo seu, da sua idade, que só começa a investir mais tarde, colocando cerca de $1.000 mensais, ao longo de anos, com um rendimento idêntico de 1% ao mês ou 12% ao ano, com juros compostos a vencer todos os meses.
Ao fim de 10 anos, o seu amigo terá conseguido poupar $230.000. Mas o seu rendimento na reforma será superior a $1.17 milhões devido aos juros compostos e ao investimento de longo prazo. Faz sentido, não faz?
Investir o seu dinheiro poderá ajudá-lo a transformar pouco dinheiro em muito dinheiro, dando-lhe a capacidade de constituir riqueza a velocidade mais elevada do que o salário que ganha com o seu trabalho. Graças à noção de juros compostos e a uma variedade de veículos de investimento que estão disponíveis para qualquer pessoa, é mais fácil decidir onde colocar o seu dinheiro.
Um dos tipos de veículos de investimento que poderão ajudar a diversificar as suas fontes de rendimento são os fundos mutualistas, em que o dinheiro dos investidores é organizado num fundo geral que é distribuído por todos. Esses fundos de investimento podem funcionar como securities, por exemplo de ações, bonds, ou dívida de curto prazo. Os fundos mutualistas podem ser geridos de forma ativa ou não, e poderá encontrar informação fácil sobre eles em qualquer cursos de finanças pessoais gratuito (garanta que é criado por uma fonte fidedigna e confiável).
Veja como começar a investir em fundos mutualistas.
Pesquise os vários tipos de fundos mutualistas para suas finanças pessoais
De acordo com a Securities and Exchange Commission (SEC), um fundo mutualista é uma empresa de investimentos aberta que está registada no SEC e que angaria o dinheiro de vários investidores para o gerir de forma comum em produtos de ações, bonds, índices e outros.
Quando investe em fundos mutualistas, acabará por comprar as ações desse fundo e terá direito uma percentagem proporcional do seu portfólio total de ativos.
Os fundos mutualistas comportam conjuntos de ações e de outros instrumentos financeiros de rendimento variável. Por exemplo, podem incluir ações tecnológicas ou de saúde.
Há muitos tipos diferentes de fundos mutualistas em que pode investir:
- Fundos de ações: Estes são investimentos nas ações de uma empresa. Há algumas nuance nos investimentos em fundos de ações, que podem incorporar diferentes perfis de empresas, devolver diferentes dividendos pagos em momentos diferentes, ter graus de risco distintos, respeitar a tipos de atividade muito diferentes dentro de uma mesma categoria, mas também podem estar associados a fundos correlacionados.
- Fundos de bonds: Este é um tipo de investimento numa empresa que se foca no investimento em bonds e em instrumentos de dívida. O risco relacionado com as bonds pode variar em função da bond de que falemos. Como investidor, a SEC recomenda que considere os riscos do crédito caso a emissor da bond falhe em pagar a dívida. Também é recomendável acompanhar as flutuações na taxa de juros que afetarão o valor futuro da bond, assim como avaliar o risco do pré-pagamento e o que acontecerá ao emissor da bond com pagamentos antecipados.
- Fundos do mercado de capitais: Estes têm um risco mais controlável e permitem realizar investimentos particulares em empresas ou corporações cotadas e reconhecidas pelo Estado.
- Fundos poupança-reforma: Estes contêm uma combinação de ações e bonds que lhe permitem reformar-se um pouco mais cedo, são os chamados fundos poupança-reforça ou que vencem a prazo. Também se podem designar como fundos de ciclo de vida. A alocação destes ativos poderá variar com o tempo em função dos objetivos e do perfil de risco definido.
Em muitos casos, os fundos mutualistas são ativamente geridos por um profissional de investimentos. Mas é também possível investir de forma passiva em fundos mutualistas, tipicamente nos chamados índices de fundos.
Além disso: tenha em mente que os fundos mutualistas poderão ser índices de fundos – e vice-versa.
De seguida indicamos-lhe um top de 10 de app finanças pessoais que fazem uma gestão automática dos seus recursos mensais sem lhe complicar demasiado a vida nem precisar de ser um contabilista profissional.
Não deixe de consultar outros recursos, como a taxa de conversão para otimizar iniciativas empreendedoras.
Controle as suas finanças pessoais
Se nunca perdeu muito tempo a aprender a gerir o seu dinheiro e a pensar nas formas de o preservar e o fazer crescer, poderá estar suscetível a más influências de supostos conselheiros financeiros que terão um impacto negativo em si.
Mesmo que não sejam mal-intencionados ou com falta de escrúpulos, há muitos planeadores e conselheiros financeiros no mercado (e também os designados “coaches”) que lhe ficarão com comissões significativas e não o ajudarão realmente. Outros poderão até focar-se em dicas completamente irrealistas, por exemplo se antigamente era boa ideia comprar casa, hoje em dia com os dificuldades no acesso ao crédito e os problemas da inflação e das taxas de juros, isso poderá significar um mau investimento se não tiver um bom rendimento à partida.
Em vez de confiar o seu dinheiro em pessoas que não conhece, ganhe autonomia e independência, leia alguns livros de referência sobre finança pessoal e faça o chamado “caminho das pedras”.
Assim que estiver bem munido de conhecido, não deixe que outros o apanhem desprevenido – quer seja família ou um parceiro que lhe dê más recomendações, ou solicitações de contração de dívidas e gastos supérfluos em viagens, experiências ou investimentos que significarão um peso grande na sua saúde financeira.
Deve investir em criptomoedas?
Neste momento o tema das criptomoedas voltou a ser um tópico quente, com Bitcoin e Ethereum a fazerem notícias por todo o lado. Alguns acreditam que mercado continua a ser uma bolha especulativa muito perigosa, outros confiam na retoma do mercado. Há bons motivos para confiar no futuro desta indústria, contudo deve saber que ela é uma das mais arriscadas, mesmo que o retorno seja potencialmente maior.
O mais importante é recolher o máximo de informação possível acerca da indústria cripto antes de decidir onde investir. A regra de ouro é nunca investir mais de 1% de todo o dinheiro que tem.
Recomendamos muito particularmente o canal de Robert Breedlove no YouTube chamado “What is Money”, que é composto por podcasts com informação financeira de base e alguns vídeos sobre a história do dinheiro e da inflação. É garantido que aprenderá mais do que agora imagina, e ficará com bases sólidas para compreender como funciona todo o sistema financeiro.
Saiba também o que é a Blockchain, para ficar por dentro desta tecnologia emergente.
Finanças pessoais – Um resumo
Saber como gerir as suas finanças pessoais é um dos aspetos mais fundamentais a ter em consideração para qualquer pessoa, independentemente da fase da vida em que se encontre.
Poderá pensar que é ainda muito cedo para se preocupar com essas coisas, e que este é o momento para se divertir e de desfrutar da vida. Mas ter em mente que ser poupado poderá salvá-lo de constrangimentos financeiros no futuro, permitindo-lhe viver uma vida mais desafogado, ajudará a tomar as melhores decisões hoje. Assim pode desfrutar da vida em pleno sem se preocupar com o dinheiro que lhe resta no banco.
Assim que souber como gerir de forma eficiente as suas finanças pessoais, será também capaz de alcançar os seus sonhos sem se preocupar em sobreviver até ao seu próprio salário.
Lembre-se, não é preciso ter um curso de faculdade especial ou conhecimentos profundos sobre áreas inovadoras para fazer muito dinheiro ou sequer para aprender a gerir as suas finanças. Na arte de fazer dinheiro e de o preservar, conta mais a sua dedicação e capacidade de autoconhecimento do que qualquer curso de finanças pessoais gratuito ou pago.
Basta que se sirva destas dicas simples de finanças e que as aplique na sua vida. Em pouco tempo, estará em condições de tomar as melhores decisões, ao nível de qualquer especialista em finanças.
Por isso, e para que se prepare para uma vida financeira mais estável e segura, garanta que segue as dicas mencionadas em cima e que se mantém na direção certa. Por último, quanto melhor conseguir gerir as suas finanças, maior segurança terá para o seu futuro, para o futuro da sua família, e assim poderá desfrutar da melhor forma das várias fases da sua vida até à idade da reforma.